Íncio

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Projeto sexualidade e saúde preventiva na escola


1.    INTRODUÇÃO
Torna-se cada vez mais necessário promover a educação sexual no âmbito escolar, a fim de repensar tabus, mitos e preconceitos há tempos arraigados em nossa cultura social.
O caráter de urgência se ressalta ainda mais, uma vez que esse assunto invade a vida do adolescente, interferindo em suas atitudes, fortemente influenciadas pela ativação hormonal da puberdade e pela mídia, que assume plano destacado em seu comportamento.
A orientação sexual na escola contribui para a prevenção de problemas graves, como gravidez indesejada, abuso sexual, aborto , prostituição e pornografia, além  de abrir espaço para discussões sobre iniciação sexual, masturbação, menstruação, namoro, homossexualidade e outras questões e curiosidades inerentes à idade.

Este trabalho repercute na elaboração e redimensionamento de valores éticos e de juízos estéticos para que o adolescente possa posicionar-se diante da realidade. Por essa razão, torna-se necessário dialogo, parceria entre os envolvidos – pais, alunos, educadores e secretaria municipal de saúde –para a verdadeira efetivação do processo educacional.

2.    JUSTIFICATIVA

Os educadores passam por uma crescente preocupação no que tange ao alto percentual de gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs),e o consumo de drogas lícitas e ilícitas entre os jovens. Ignorar, ocultar ou reprimir não são atitudes desejáveis para quem tem a missão de formar cidadãos. A criança e os jovens sofrem influências de varias fontes, principalmente da mídia, que tem dado um enfoque erotizado a alguns de seus programas. Essas diversas fontes atuam de forma decisiva na sua formação sexual.
É necessário satisfazer as curiosidades dos adolescentes para que o desejo do saber não se perca, constituindo-se numa frustração que o acompanhará ao longo de sua vida.
O trabalho de orientação sexual dentro da escola torna-se, portanto, estimulador, preventivo e promotor da saúde dos adolescentes no sentido do desenvolvimento saudável de sua sexualidade, ajudando- os a discernir atitudes e conceitos.
“ As informações corretas, aliadas ao trabalho de auto conhecimento e de reflexão sobre a própria sexualidade, ampliam a consciência sobre  os cuidados necessários para a prevenção desses problemas (PCNs).”

3.    PÚBLICO- ALVO
Alunos, gestores e professores da Educação Básica, família e comunidade escolar em geral.

4.    OBJETIVO GERAL

Promover campanha de educação sexual na escola, considerando os aspectos psicoafetivos; biológicos e socioculturais, bem como as relações de gênero, respeitando-se as etnias e a orientação sexual, buscando a construção de um comportamento responsável e preventivo na sociedade.



·         Estimular o debate e a reflexão sobre questões relativas à sexualidade, saúde sexual e saúde reprodutiva que auxiliem na formação do educando.
·         Contribuir para a redução da infecção pelo HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.
·         Reduzir os índices de evasão escolar causada pela gravidez na adolescência.
·         Desenvolver a educação preventiva e sua incorporação no projeto político pedagógico da unidade de ensino.
·         Favorecer o desenvolvimento da criança e do adolescente considerando as vulnerabilidades sexuais a que estão expostos.
·         Respeitar a diversidade de valores, crenças e comportamentos existentes e relativos à sexualidade, desde que seja garantida a dignidade do ser humano.
·         Compreender a busca de prazer como uma dimensão saudável da sexualidade humana.
·         Conhecer seu corpo, valorizar e cuidar de sua saúde como condição necessária para usufruir de prazer sexual.
·         Identificar e expressar seus sentimentos e desejos, respeitando os sentimentos e desejos do outro.
·         Proteger-se de relacionamentos sexuais coercitivos ou exploradores.

5.    FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A partir da década de 70, em decorrência das mudanças de comportamentos ocorridos na década anterior, a exemplo do movimento feminista e outros movimentos sócias, intensificaram-se as discussões acerca da inclusão da temática sexualidade no currículo escolar. Nesse sentido, evidenciou-se a necessidade de se repensar o papel da escola e dos conteúdos por ela trabalhados, tendo em vista a formação de novos comportamentos e conseqüente transformação da realidade social.
 A escola, no intuito de desenvolver uma visão mais ampla das experiências vividas pelos sujeitos que dela participam, desempenha um importante papel na orientação acerca da temática sexualidade, mediante a adoção de atitudes preventivas como condição para a saúde, a vida e o bem-estar do ser humano.
Portanto, torna-se essencial promover e fortalecer a participação ativa dos sujeitos envolvidos no processo educativo, visando adotá-los de conhecimentos e habilidades que auxiliem na adoção de comportamento crítico e responsável.
Em virtude da vulnerabilidade a que as pessoas poderão estar expostas, a população adolescente e jovem encontra-se suscetível às doenças sexualmente transmissíveis (DST’s), AIDS e gravidez precoce, devido a diversos fatores, dentre eles: falta de dialogo na família ou a ausência de uma orientação sexual.
Obviamente, alguns jovens estão mais vulneráveis do outros, pois além de vivenciarem as mudanças próprias da idade, ainda se deparam com as mudanças próprias da idade, ainda se deparam com as mudanças relacionadas à estrutura familiar e às condições de vida, pobreza, desemprego, baixa escolaridade, aos serviços de saúde e meios de prevenção.
Conforme revelam inúmeras experiências educativas, a abordagem da sexualidade no âmbito da educação precisa ser clara, para reduzir a sua complexidade; ser flexível para atender os conteúdos e situações diversas e sistemática, para possibilitar aprendizagem e desenvolvimento crescentes.
De acordo com o que declaram os PCN’s acerca da orientação sexual como tema transversal, “será por meio do dialogo, da reflexão e da possibilidade de reconstruir as informações, pautando-se sempre pelo respeito a si próprio e ao outro, que o aluno conseguirá transformar ou reafirmar concepções e princípios, transformando de maneira significativa seu próprio código de valores” (Parâmetros Curriculares Nacionais, 1998, p307).
Tendo em vista o papel da educação e a função e a função da escola no desenvolvimento de relações intelectuais, sociais e afetivas, o “Projeto sexualidade e saúde preventiva na escola” foi desenvolvido com ênfase  na aprendizagem do comportamento necessário à prevenção.
O projeto esta mais voltado para a construção de habilidades que levem a um comportamento responsável e o conhecimento sobre doenças, ou seja, preocupa-se em transformar saberes em pratica efetiva, para a melhoria qualitativa das condições de vida e saúde da população.

6.    METODOLOGIA
A fim de alcançar os objetivos propostos o projeto será desenvolvido na escola U. I. Raimundo de Oliveira Corrêa no corrente ano de 5ª a 8ª series. Para o seguimento do trabalho com os adolescentes a proposta é que sejam montados e efetuados em horas de aulas.

6.1  CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Ø  Mudanças e transformações corporais e psicossocais.
Ø  Anatomia  - aparelho reprodutor feminino e masculino.
Ø  Fisiologia feminina – menstruação, ovulação, período fértil, nidação, gravidez, resposta sexual e amamentação.
Ø  Fisiologia masculina – ejaculação , ereção, disfunção erétil, resposta sexual, fimose.
Ø  Virgindade.
Ø  Masturbação .
Ø  Inicio da vida sexual.
Ø  Adolescência e família.
Ø  Prostituição.
Ø  Opções sexuais.
Ø  Aborto.
Ø  Parto.
Ø  DSTs.
Ø  Métodos contraceptivos.
Ø  Drogas.

 6.2   Ações a serem desenvolvidas:
ü  Textos (para os pais, alunos e professores).
ü  Dinâmicas (para os pais, alunos e professores).
ü  Dramatização.
ü  Confecção de murais.
ü  Atividades preparatórias para reunião com os pais.
ü  Álbuns.
ü  Filmes.
ü  Vídeos.
ü  Musicas.
ü  Palestra.
ü  Debates.
ü  Pesquisas.
ü  Júri simulado.
ü  Atividades lúdicas (cruzadinha, caça-palavras,gráficos e tabelas, acrósticos, jogos ).
7.    CRONOGRAMA

CRONOGRAMA  DO PROJETO
SET
OUT
NOV
DEZ
ELABORAÇÃO DO PROJETO
 X



REUNIÂO COM OS PAIS

 X

 X
EXECUÇÃO DO PROJETO

 X
 X
 X
AVALIAÇÃO DO PROJETO
 X
 X
 X
 X
TERMINO DO PROJETO



 X

CRONOGRAMA SEMANAL
Ø  Outubro de  05 a 14  - escolha do dia para a reunião com os pais.
                             18 a 22 - Abertura / Fisiologia Feminina – menstruação, ovulação, período fértil, nidação, gravidez, resposta sexual e amamentação.
                             25 a 29 – Fisiologia Masculina / ejaculação, ereção, disfunção erétil, resposta sexual, fimose.
Ø  Novembro de 01 a 05 – Virgindade, masturbação, inicio da vida sexual.
                      08 a 12 – Adolescência e Familia.
                     16 a 19 – Prostituição.
                      22 a 26 – Opção sexual, aborto, parto.
                     29 a 03 – DSTs (doenças sexualmente transmissíveis.
Ø  Dezembro 06 a 10 – Métodos contraceptivos.
                  13 a 17 – Drogas.
                  20 e 21 – Organização e Culminância
                  22 e 23 – Reunião com os pais, e gincana sobre o trabalho realizado.
8 . ACOMPANHAMENTO, AVALIAÇÔES E DIVULGAÇÔES.
O acompanhamento e a avaliação será realizada semanalmente através da observação, participação e desenvolvimento com relatórios de toda a comunidade escolar. E será divulgado através de anúncios e convites.


SUMÁRIO


1.    INTRODUÇÃO
2.    JUSTIFICATIVA
3.    PÚBLICO ALVO
4.    OBJETIVO GERAL
4.1  Objetivos específicos
5.    FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
6.    METODOLOGIA
6.1  Conteúdo programático
6.2   Ações a serem desenvolvidas
7.    CRONOGRAMA
8.    ACOMPANHAMENTO, AVALIAÇÔES E DIVULGAÇÂO
9.    REFERENCIAS

2 comentários:

Ser professor é ter o nobre ofício de exercer a arte de ensinar.