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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

RELATÓRIO Acadêmico sobre Fobia Social



 FOBIA SOCIAL


INTRODUÇÃO

A ansiedade social surge cedo em nossas vidas, e desde cedo em nossas vidas percebemos graus de ansiedade e o medo em crianças pequenas principalmente quando estão diante de estranhos ou em novas situações.
Esse medo faz parte de nossa preparação para o enfrentamento, na maioria das vezes é benéfico e costuma desaparecer com o desenvolvimento.
Já a fobia social é caracterizada por um medo acentuado e persistente de uma ou mais situações sociais ou de desempenho.

Na fobia social a pessoa teme agir de um modo ou mostrar sintomas de ansiedade que lhe sejam humilhantes e embaraçosos, sendo, que a exposição à situação social temida provoca uma resposta de ansiedade intensa que pode chegar a um ataque de pânico.
Na fobia social a pessoa geralmente evita essas situações ou as suporta com intenso sofrimento.
A fobia social apresenta significativa interferência nas rotinas de trabalho, acadêmicas e sociais e/ou sofrimento acentuado.
A fonia social normalmente tem seu início na adolescência e segue um curso crônico, trazendo sofrimento e um impacto negativo sobre a vida de seus portadores.
Como a fobia social é um transtorno que pode ser tratado adequadamente fazendo com que o portador reencontre recursos para melhor enfrentamento e consequentemente adquira habilidades sociais, é importante que esse transtorno seja detectado o mais breve possível, na adolescência levando a um menor sofrimento e perdas de oportunidades, e diminuindo inclusive a chance do aparecimento de comorbidades, estas tão freqüentes na fobia social.
  

RELATÓRIO

A ansiedade social surge cedo em nossas vidas, mais precisamente aproximadamente no nono mês de vida é possível observar o medo que algumas crianças têm de estranhos e que costuma desaparecer com o desenvolvimento (Neal, Edelmann, & Glachan, 2002). Ela está presente durante todo o nosso desenvolvimento e geralmente precede qualquer compromisso social novo ou desconhecido. É vantajoso responder com ansiedade social a certas situações. Para diminuir ou controlar os sintomas da ansiedade social, nós nos preparamos para a situação, tanto na aparência como no comportamento (aulas, festas, encontros amorosos, etc.). Este tipo de ansiedade é considerado normal. Porém, algumas pessoas sentem a ansiedade social de forma tão intensa, que as leva ao sofrimento e a perdas de oportunidades. Elas chegam a abandonar empregos, escola, abdicar de uma vida amorosa, podendo chegar a ponto de viverem completamente isoladas (D'El Rey, 2001).
De acordo com o DSM-IV-TR: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (American Psychiatric Association, 2002), a fobia social é caracterizada por um medo acentuado e persistente de uma ou mais situações sociais ou de desempenho. A pessoa teme agir de um modo ou mostrar sintomas de ansiedade que lhe sejam humilhantes e embaraçosos, sendo que a exposição à situação social temida provoca uma resposta de ansiedade intensa que pode chegar a um ataque de pânico. A pessoa geralmente evita essas situações ou as suporta com intenso sofrimento. A fobia social apresenta significativa interferência nas rotinas de trabalho, acadêmicas e sociais e/ou sofrimento acentuado.
Os estudos relatam que a fobia social tem seu início na adolescência, segue um curso crônico, trazendo sofrimento e um impacto negativo sobre a vida de seus portadores (Davidson, Hughes, George, & Blazer, 1993; Magee, Eaton, Wittchen, McGonagle, & Kessler, 1996; Patel, Knapp, Henderson, & Baldwin, 2002; Öst, 1987).
Como a fobia social pode ser tratada adequadamente, a identificação do transtorno na adolescência, ou seja, geralmente no seu início, levaria a um menor sofrimento e perdas de oportunidades para seu portador, e diminuiria a chance do aparecimento de comorbidades, estas tão freqüentes na fobia social (Essau, Conradt, & Petermann, 1999).
Segundo Beidel, Turner e Morris (1999, citados por Vilete, Coutinho, & Figueira, 2004), na fobia social as manifestações clínicas são basicamente as mesmas nas diferentes faixas etárias. As diferenças apenas podem refletir as oportunidades para o engajamento em diferentes tipos de atividades sociais. Por exemplo, uma criança ou adolescente pode não conseguir se esquivar de uma determinada situação social ou de desempenho como faria uma pessoa adulta.
Os estudos internacionais relatam uma prevalência da fobia social em adolescentes entre 1,6 a 7,2%, dependendo do instrumento diagnóstico utilizado (Essau et al., 1999; Merikangas, Avenevoli, Acharyya, Zhang, & Angst, 2002; Stein, Fuetsch, Müller, Höfler & Wittchen, 2001).
Este estudo teve como objetivo verificar a prevalência da fobia social por meio do Inventário de Fobia Social (SPIN) e o impacto na escolaridade (repetência) em uma amostra de estudantes adolescentes da cidade de São Paulo.

  
CONCLUSÃO

Este estudo relata a prevalência e o impacto na escolaridade da fobia social em uma amostra de adolescentes da Escola Maria Mendes da Silva no Povoado Machado, município de Vargem Grande - MA . O Inventário de Fobia Social (SPIN) foi administrado em 51 estudantes adolescentes de 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries de ambos os sexos. A prevalência da fobia social foi de 7,8% na amostra de adolescentes, com maior incidência entre estudantes do sexo feminino, com idade entre 12 e 15. O impacto negativo na escolaridade foi grande, aproximadamente 89% dos adolescentes com fobia social repetiram o ano na escola ao menos uma vez.












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