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domingo, 23 de dezembro de 2012

Portugal, Século XX - O Modernismo: contexto histórico



Portugal, Século XX - O Modernismo: contexto histórico

1. Introdução
A crítica mais atual tem dividido o Modernismo português em fases ou momentos diferenciados entre si pela prevalência de determinadas posturas ou atitudes: o Saudosismo, o Orfismo, o Presencismo, o Neo-Realismo e o Surrealismo.
O movimento saudosista começou em 1910, com a revista A Águia, órgão da "Renascença Portuguesa", que circulou até 1932, ao longo de três fases. Teixeira de Pascoaes é seu maior representante. Segundo ele, saudade é uma palavra sem equivalente em outras línguas e é, por isso, uma postura, uma filosofia, uma promessa tipicamente portuguesas, "a promessa de uma nova
civilização lusitana".
Coube ao Orfismo, no entanto, o papel de primeiro movimento português realmente moderno. Iniciado em 1915, este movimento reuniu um grupo de jovens entusiastas das novidades culturais européias e insatisfeitos com o marasmo em que se encontrava a cultura portuguesa. Assim, propunham a equiparação de Portugal à modernidade do resto da Europa, pregando o inconformismo e questionando o provincianismo português de maneira irreverente e iconoclasta; preconizavam, ainda, a atividade poética sobre todas as outras. Suas idéias foram veiculadas pela revista Orpheu, cujos maiores expoentes são Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Almada-Negreiros.
Modernismo em Portugal

No início do Séc. XX, havia um sentimento geral de que não era mais possível renovar a arte tradicional. As escolas literárias repetiam suas fórmulas. A superficialidade convivia com a crença de que a evolução tudo comandava e pouco cabia ao homem nesse processo.
No entanto, um movimento  forte e amplo - o Modernismo - viria dar fim a este marasmo e implantar o inconformismo.
Modernismo, não foi apenas produto de uma evolução estética: ele decorreu de todo um estado de espírito formado pela cultura da época e que repercutiria em todas as artes, integrando literatura, pintura, música arquitetura, cinema, etc. A primeira Guerra Mundial foi o grande divisor das águas...
Nesse contexto surgiram as vanguardas européias, que antecederam e originaram o Modernismo literário. Vanguarda vem do francês e significa extremidade dianteira dos exércitos em luta. E a literatura de vanguarda foi realmente combativa, polêmica, desbravadora e irreverente. Os vanguardistas da época valiam-se do deboche, da ironia e da luta verbal com o objetivo de substituir a arte passadista pela arte moderna.  
As principais vanguardas européias foram:  
Todas essas vanguardas tiveram um caráter agressivo, experimental, demolidor e inovador. Combatiam o racionalismo e o objetivismo das teorias científicas do Realismo/Naturalismo/Parnasianismo e pregavam o irracionalismo. Com isso, buscavam uma compressão mais subjetiva do homem, voltada mais para seu interior que para seu exterior.
De 1940 a nossos dias, o Modernismo português desenvolveu várias tendências; Neo- Realismo. Ecletismo, Humanismo dramático, Realismo contraditório e Experimentalismo polivalente.
Características:  
  • atitude irreverente em relação aos padrões estabelecidos;
  • reação contra o passado, o clássico e o estático;
  • temática mais particular, individual e não tanto universal e genérica;
  • preferência pelo dinamismo e velocidade vitais;
  • busca do imprevisível e insólito
  • abstenção do sentimentalismo fácil e falso;
  • comunicação direta das idéias: linguagem cotidiana.
  • esforço de originalidade e autenticidade;
  • interesse pela vida interior (estados de alma, espírito..)
  • aparente hermetismo, expressão indireta pela sugestão e associação verbal em vez de absoluta clareza.
  • valorização do prosaico e bom humor;
  • liberdade forma: verso livre, ritmo livre, sem rima, sem estrofação preestabelecida. 
Três grandes gerações de autores:  
1ª geração - o Orfismo : Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, Almada Negreiros e outros;
2ª geração - o Presencismo: José Régio, João Gaspar Simões, Branquinho da Fonseca e outros;
3ª geração - o Neo-Realismo: Alves Redol, Ferreira de Castro, Jorge de Sena e outros.

1 comentários:

Ser professor é ter o nobre ofício de exercer a arte de ensinar.