1.
INTRODUÇÃO
Torna-se cada vez mais necessário promover a
educação sexual no âmbito escolar, a fim de repensar tabus, mitos e
preconceitos há tempos arraigados em nossa cultura social.
O caráter de urgência se ressalta ainda mais,
uma vez que esse assunto invade a vida do adolescente, interferindo em suas
atitudes, fortemente influenciadas pela ativação hormonal da puberdade e pela
mídia, que assume plano destacado em seu comportamento.
A orientação sexual na escola contribui para
a prevenção de problemas graves, como gravidez indesejada, abuso sexual, aborto
, prostituição e pornografia, além de
abrir espaço para discussões sobre iniciação sexual, masturbação, menstruação,
namoro, homossexualidade e outras questões e curiosidades inerentes à idade.
Este trabalho repercute na elaboração e
redimensionamento de valores éticos e de juízos estéticos para que o
adolescente possa posicionar-se diante da realidade. Por essa razão, torna-se
necessário dialogo, parceria entre os envolvidos – pais, alunos, educadores e
secretaria municipal de saúde –para a verdadeira efetivação do processo
educacional.
2.
JUSTIFICATIVA
Os educadores passam por uma crescente
preocupação no que tange ao alto percentual de gravidez indesejada, doenças
sexualmente transmissíveis (DSTs),e o consumo de drogas lícitas e ilícitas
entre os jovens. Ignorar, ocultar ou reprimir não são atitudes desejáveis para
quem tem a missão de formar cidadãos. A criança e os jovens sofrem influências
de varias fontes, principalmente da mídia, que tem dado um enfoque erotizado a
alguns de seus programas. Essas diversas fontes atuam de forma decisiva na sua
formação sexual.
É necessário satisfazer as curiosidades dos
adolescentes para que o desejo do saber não se perca, constituindo-se numa
frustração que o acompanhará ao longo de sua vida.
O trabalho de orientação sexual dentro da
escola torna-se, portanto, estimulador, preventivo e promotor da saúde dos
adolescentes no sentido do desenvolvimento saudável de sua sexualidade,
ajudando- os a discernir atitudes e conceitos.
“ As informações corretas, aliadas ao
trabalho de auto conhecimento e de reflexão sobre a própria sexualidade,
ampliam a consciência sobre os cuidados
necessários para a prevenção desses problemas (PCNs).”
3.
PÚBLICO-
ALVO
Alunos, gestores e professores da Educação
Básica, família e comunidade escolar em geral.
4.
OBJETIVO
GERAL
Promover campanha de educação sexual na
escola, considerando os aspectos psicoafetivos; biológicos e socioculturais,
bem como as relações de gênero, respeitando-se as etnias e a orientação sexual,
buscando a construção de um comportamento responsável e preventivo na sociedade.
·
Estimular o
debate e a reflexão sobre questões relativas à sexualidade, saúde sexual e
saúde reprodutiva que auxiliem na formação do educando.
·
Contribuir
para a redução da infecção pelo HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.
·
Reduzir os
índices de evasão escolar causada pela gravidez na adolescência.
·
Desenvolver
a educação preventiva e sua incorporação no projeto político pedagógico da
unidade de ensino.
·
Favorecer o
desenvolvimento da criança e do adolescente considerando as vulnerabilidades
sexuais a que estão expostos.
·
Respeitar a
diversidade de valores, crenças e comportamentos existentes e relativos à
sexualidade, desde que seja garantida a dignidade do ser humano.
·
Compreender
a busca de prazer como uma dimensão saudável da sexualidade humana.
·
Conhecer seu
corpo, valorizar e cuidar de sua saúde como condição necessária para usufruir
de prazer sexual.
·
Identificar
e expressar seus sentimentos e desejos, respeitando os sentimentos e desejos do
outro.
·
Proteger-se de
relacionamentos sexuais coercitivos ou exploradores.
5.
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
A partir da década de
70, em decorrência das mudanças de comportamentos ocorridos na década anterior,
a exemplo do movimento feminista e outros movimentos sócias, intensificaram-se
as discussões acerca da inclusão da temática sexualidade no currículo escolar.
Nesse sentido, evidenciou-se a necessidade de se repensar o papel da escola e
dos conteúdos por ela trabalhados, tendo em vista a formação de novos
comportamentos e conseqüente transformação da realidade social.
A escola, no intuito de desenvolver uma visão
mais ampla das experiências vividas pelos sujeitos que dela participam,
desempenha um importante papel na orientação acerca da temática sexualidade,
mediante a adoção de atitudes preventivas como condição para a saúde, a vida e
o bem-estar do ser humano.
Portanto, torna-se
essencial promover e fortalecer a participação ativa dos sujeitos envolvidos no
processo educativo, visando adotá-los de conhecimentos e habilidades que
auxiliem na adoção de comportamento crítico e responsável.
Em virtude da
vulnerabilidade a que as pessoas poderão estar expostas, a população
adolescente e jovem encontra-se suscetível às doenças sexualmente
transmissíveis (DST’s), AIDS e gravidez precoce, devido a diversos fatores,
dentre eles: falta de dialogo na família ou a ausência de uma orientação
sexual.
Obviamente, alguns
jovens estão mais vulneráveis do outros, pois além de vivenciarem as mudanças
próprias da idade, ainda se deparam com as mudanças próprias da idade, ainda se
deparam com as mudanças relacionadas à estrutura familiar e às condições de
vida, pobreza, desemprego, baixa escolaridade, aos serviços de saúde e meios de
prevenção.
Conforme revelam
inúmeras experiências educativas, a abordagem da sexualidade no âmbito da
educação precisa ser clara, para reduzir a sua complexidade; ser flexível para
atender os conteúdos e situações diversas e sistemática, para possibilitar
aprendizagem e desenvolvimento crescentes.
De acordo com o que
declaram os PCN’s acerca da orientação sexual como tema transversal, “será por
meio do dialogo, da reflexão e da possibilidade de reconstruir as informações,
pautando-se sempre pelo respeito a si próprio e ao outro, que o aluno
conseguirá transformar ou reafirmar concepções e princípios, transformando de
maneira significativa seu próprio código de valores” (Parâmetros Curriculares
Nacionais, 1998, p307).
Tendo em vista o papel
da educação e a função e a função da escola no desenvolvimento de relações
intelectuais, sociais e afetivas, o “Projeto sexualidade e saúde preventiva na
escola” foi desenvolvido com ênfase na
aprendizagem do comportamento necessário à prevenção.
O projeto esta mais
voltado para a construção de habilidades que levem a um comportamento
responsável e o conhecimento sobre doenças, ou seja, preocupa-se em transformar
saberes em pratica efetiva, para a melhoria qualitativa das condições de vida e
saúde da população.
6.
METODOLOGIA
A fim de alcançar os objetivos propostos o projeto será desenvolvido na
escola U. I. Raimundo de Oliveira Corrêa no corrente ano de 5ª a 8ª series.
Para o seguimento do trabalho com os adolescentes a proposta é que sejam
montados e efetuados em horas de aulas.
6.1 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Ø Mudanças e transformações corporais e
psicossocais.
Ø Anatomia
- aparelho reprodutor feminino e masculino.
Ø Fisiologia feminina – menstruação, ovulação,
período fértil, nidação, gravidez, resposta sexual e amamentação.
Ø Fisiologia masculina – ejaculação , ereção,
disfunção erétil, resposta sexual, fimose.
Ø Virgindade.
Ø Masturbação .
Ø Inicio da vida sexual.
Ø Adolescência e família.
Ø Prostituição.
Ø Opções sexuais.
Ø Aborto.
Ø Parto.
Ø DSTs.
Ø Métodos contraceptivos.
Ø Drogas.
6.2 Ações a serem desenvolvidas:
ü Textos (para os pais, alunos e professores).
ü Dinâmicas (para os pais, alunos e professores).
ü Dramatização.
ü Confecção de murais.
ü Atividades preparatórias para reunião com os
pais.
ü Álbuns.
ü Filmes.
ü Vídeos.
ü Musicas.
ü Palestra.
ü Debates.
ü Pesquisas.
ü Júri simulado.
ü Atividades lúdicas (cruzadinha,
caça-palavras,gráficos e tabelas, acrósticos, jogos ).
7.
CRONOGRAMA
CRONOGRAMA
DO PROJETO
|
SET
|
OUT
|
NOV
|
DEZ
|
ELABORAÇÃO DO PROJETO
|
X
|
|
|
|
REUNIÂO COM OS PAIS
|
|
X
|
|
X
|
EXECUÇÃO DO PROJETO
|
|
X
|
X
|
X
|
AVALIAÇÃO DO PROJETO
|
X
|
X
|
X
|
X
|
TERMINO DO PROJETO
|
|
|
|
X
|
CRONOGRAMA SEMANAL
Ø Outubro de 05 a 14
- escolha do dia para a reunião com os pais.
18 a 22 - Abertura
/ Fisiologia Feminina – menstruação, ovulação, período fértil, nidação,
gravidez, resposta sexual e amamentação.
25 a 29 – Fisiologia Masculina / ejaculação,
ereção, disfunção erétil, resposta sexual, fimose.
Ø Novembro de 01 a 05 – Virgindade,
masturbação, inicio da vida sexual.
08 a 12 – Adolescência e Familia.
16 a 19 – Prostituição.
22 a 26 – Opção sexual,
aborto, parto.
29 a 03 – DSTs (doenças
sexualmente transmissíveis.
Ø Dezembro 06 a 10 – Métodos contraceptivos.
13 a 17 – Drogas.
20 e 21 – Organização e
Culminância
22 e 23 – Reunião com os
pais, e gincana sobre o trabalho realizado.
8 . ACOMPANHAMENTO, AVALIAÇÔES E DIVULGAÇÔES.
O acompanhamento e a avaliação será realizada
semanalmente através da observação, participação e desenvolvimento com
relatórios de toda a comunidade escolar. E será divulgado através de anúncios e
convites.
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO
2.
JUSTIFICATIVA
3.
PÚBLICO ALVO
4.
OBJETIVO
GERAL
4.1 Objetivos específicos
5.
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
6.
METODOLOGIA
6.1 Conteúdo programático
6.2 Ações
a serem desenvolvidas
7.
CRONOGRAMA
8.
ACOMPANHAMENTO,
AVALIAÇÔES E DIVULGAÇÂO
9.
REFERENCIAS
Olá, qual a melhor faixa etária para abordar esse tema?
ResponderExcluirAcredito que seja cm 10 anos
ResponderExcluir