INTRODUÇÃO
Este
trabalho apresenta um estudo sobre Altas habilidades/Superdotação, aonde o
mesmo vem romper as barreiras entre a educação comum e a educação especial,
dando ênfase à educação inclusiva, e da mente humana, segundo pressupostos
teóricos de Piaget.
Nesse
trabalho pode ser feito uma comparação entre cérebros normais e, de pessoas
consideradas com altas habilidades/superdotados, mostrando diferenças em que
foram feitos através de estudos patológicos. Vem-nos mostrar o trabalho
exercido entre professores da educação comum e do atendimento educação
especializado - AEE elaborarem estratégias de ensino.
A
compreensão da educação especial na perspectiva da educação inclusiva é
fundamental para o professor que atua no atendimento a esses alunos.
1. SUPERDOTAÇÃO
Importante
ressaltar que e definição referente ao termo superdotado, significa
caracterizar uma pessoa que possui inteligência significamente acima da media.
Porém, embora não sejam suficientes as explicações que nas quais se restrigem a
esse grau de capacidade mental, além de estudos específicos, ou seja, não
clínicos que se diz respeito a diversas abordagens teóricas sobre o
desenvolvimento intelectual.
Sobretudo
de acordo com estudos voltados a essas habilidades intelectuais, desenvolveram,
porém, o teste de Q. I, que foi denominado por pesquisadores como quociente de
inteligência, onde o mesmo possui a função de medir o grau de inteligência de
um determinado individuo.
Entretanto,
vale destacar que a superdotação resulta de capacidades mentais superiores a
dos indivíduos considerado normais, isto é, trate-se de uma capacidade pessoal
adequada para execução de habilidades adquiridas facilmente.
O
que de fato, para avaliar e constatar uma pessoa como superdotada deverá
apresentar um grau de quociente de inteligência a partir de 140. Considerando
que existem outras classificações referentes ao teste de Q. I, como o quociente
de inteligência ultra alto, chegando a 170. Sendo, porém, um grau de
intelectualidade superior a um nível elevado de inteligência.
2. A CONTRIBUIÇÃO DE JEAN PIAGET PARA
CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO
Porém
varias idéias obre a definição e estudos dessas habilidades, estão sendo
formuladas e pesquisadas pela neurociência, além de estudos considerados como
não clínicos como diversas abordagens teóricas, como os estudos de Piaget. Onde
o mesmo demonstra que a evolução da inteligência, ocorre pela estimulação de
mecanismos internos a partir do contato com o ambiente, significa dizer que os
processo cognitivos que ocorrem nos seres humanos, se submetem a estímulos que
ocasionam o desenvolvimento de aprendizagens.
No
entanto, para Piaget, é através dos estímulos que o sujeito retira do ambiente
as informações que passaram a fazer parte de sua organização psíquica e
perceptiva, pois os desenvolvimento intelectual, envolve uma equilibração
progressiva de um estado de menor equilíbrio para um estado de equilíbrio
superior, que na qual se restringe em habilidades interiormente voltadas às
fases do desenvolvimento cognitivo.
Costuma-se
decompor as aquisições cognitivas em tipos especifico de conhecimento como: lingüístico,
musicais, matemáticos e habilidade para lidar com informações perceptuais como
cores, formas, sucessões temporais ou vínculos afetivos.Na verdade, as conexões
se formam a partir dos variadas tipos de estímulos, cujas representações não se
desenvolvem separadamente.Elas vão se integrado no psiquismo de modo
indissociáveis.Acontece que, de acordo com os valores vigentes na sociedade, as
aprendizagens deste ou daquele tipo de conhecimento são ressignificadas e podem
perder ou ganhar importância a cada fase da vida do sujeito.
Piaget
não tenha desenvolvido pesquisas voltadas especificamente ao desenvolvimento de
altas habilidades/superlotação, alguns conceitos e noções estabelecidos em sua
teoria podem enriquecer a discussão do tema.
Uma
destas noções é a de auto. Regulação, uma função que segundo Piaget, está
presente em todos os processos biológicos dos organismos vivos. Eles afirmam
que a construção do conhecimento pelos seres humanos obedece ao funcionamento
de mecanismos fisiológicos que acontecem no interior das estruturas cognitivas.
Eles
se referem a um potencial endógeno de mutação e de recombinação que se
manifesta num poder ativo de auto-regulação (1978).
Na
passagem do instinto a inteligência, Piaget (1978 P36) se refere ao caráter
rígido e cego, mas infalível do instinto em contraposição as propriedades de
intencionalidade consciente, de plasticidade, mas também de falibilidade dos
aspectos afetivos, morais e cognitivos do homem. Essa proposição fundamenta a
teoria de que a plasticidade observado no desenvolvimento humano, desde a
infância até a vida adulta, deve-se a
modificação das estrutura cognitivas e auto-regulação diante de cada contato
com os estímulos.
Quando
Piaget se refere ao desenvolvimento como um Fenômeno até certo ponto
imprevisível, ele permite a inferência de que as estruturas cognitivas podem em
alguns casos, adquirir uma sensibilidade maior, modificando-se de forma
diferenciado daquela que normalmente deveria ocorrer.
Essa
variação teria como conseqüência a manifestação de uma competência especial
que, por hipótese, poderia ocasionar a ampliação do poder de assimilação e
acomodação das estruturas mentais, as quais teriam condições de se transformarem de modo mais flexível
e/ou num ritmo mais rápido. Tudo isso ampliaria as possibilidades de
compreensão e invenção, aumentando muitíssimo a capacidade intelectual do
individuo, fazendo o sobressaísse em termo de desempenho diante dos
demais.
Em
ambos os lados do cérebro de Einstein, os lobos parietais eram cerca de 15%
mais largos do que outros cérebros estudados.
O
cérebro normal, contem uma região chamada opérculo parietal e lobo parietal
inferior, neste ultimo reside o raciocínio matemático e visual. No cérebro de
Einstein, o opérculo parietal foi perdido. Foi isto que permitiu ao lobo
parietal inferior crescesse 15% mais que o normal. Um outro detalhe encontrado
no estudo é que seu cérebro não continha uma fenda, conhecida como sulcus.
Segunda
a conclusão dos pesquisadores, os resultados sugeriu as diferenças nas
capacidades das pessoas em realizar determinadas funções cognitivas podem ser
divididas até certo ponto às diferenças estruturais nas regiões do cérebro que
intermediou essas funções.
Concluindo,
embora esses resultados parecem interessantes, não se pode afirmar se o cérebro
de outros físicos, matemáticos e cientistas brilhantes apresentaram alterações
em sua autonomia. Hoje é possível observar os cérebros de gênios vivos através
de imagens por ressonância magnética e a tomografia por emissão de pósitrons.
Se o cérebro de Einstein tivesse sido estudado com essa tecnologia, os
cientistas poderiam ter observado seus grandes lobos parietais em funcionamento
e procurando discesur as atividades nessas áreas.
Vale
lembrar que, independentemente de ter ou não diferenças anatômicas ou
funcionais que justifiquem o aparecimento de altas habilidades/superdotação,
cada individuo se desenvolve de forma original, ressaltando-se que o processo
de desenvolvimento intelectual está inserido na construção do ser humano em
todas as suas dimensões e que essa construção se dá por meio de desequilíbrios/reequilibrações
modulados pelos mecanismos de auto-regulação, indispensáveis para a
variabilidade observada no processo.
Piaget
diz que a reorganização e auto-regulação das estruturas cognitivas permitem que
aconteçam novidades durante o processo de construção da inteligência.
Sabendo-se
que as auto-regulações são propriedades inerentes ao sistema nervoso e que elas
são responsáveis pelas diferenciações de todos os seres humanos, pode-se
hipotetizar que, nas pessoas com altas habilidades/superdotação, elas poderiam
ocorrer de modo extraordinário, promovendo mudanças mais marcantes no sentido
de serem potencializadoras dos esquemas cognitivos.
Além
disso, as mudanças poderiam ocorrer com relação tanto a uma maior quantidade de
conexões quanto à qualidade destas. As
combinações entre diferentes sistemas neuronais favoreceriam elaborações
intelectuais em níveis crescentes de complexidade.
A
partir dessa concepção, propõe-se aqui que mudanças no interior das estruturas
cognitivas ou nas conexões entre elas podem dar origem a manifestações que
correspondem ao conceito de altas habilidades/superdotação. Embora Piaget não
se refira à inteligência como um conjunto de habilidades, nem tenha se dedicado
ao estudo do funcionamento cognitivo de pessoas com altas
habilidades/superdotação, ele muito contribuiu para a compreensão de fenômenos
pertinentes ao desenvolvimento da inteligência quando apontou a neurobiologia
do cérebro como caminho para o entendimento dos processos de auto-regulação.
Para
ele, a evolução da inteligência se dá à medida que o sujeito constrói
progressivamente as estruturas específicas para conhecer a realidade.
Tornando-se cada vez mais complexas e aperfeiçoadas, estas estruturas
possibilitam uma melhor adaptação à vida e ao ambiente.
É
importante enfatizar que os fatores que irão influenciar o desenvolvimento da
inteligência e também o surgimento de altas habilidades/superdotação são: o
potencial genético, representado pela constituição anátomo-estrutural e
bioquímica das vias neuronais; os estímulos oferecidos pelo ambiente e a
valorização social expressa nas demonstrações de satisfação com as conquistas
conseguidas pela criança no contexto educacional da escola, da
família e da sociedade em geral. No caso das manifestações das altas
habilidades/superdotação, assume especial importância o contexto no qual se dá
aprendizagem, uma vez que este pode ser um fator facilitador ou cerceador das
manifestações de potencialidades e talentos cuja emergência depende da valorização social de determinados
tipos de conhecimento.
Observa-se
que algumas pessoas desenvolvem altas habilidades/superdotação apesar de
encontrarem ambientes pouco estimulantes e até em condições adversas. Nesses
casos, elas conseguem desenvolver um modo próprio de funcionamento mental que
as levam a ter sucesso na aprendizagem, apesar dos limites que se interpõem em
sua empreitada rumo ao conhecimento. Isto também se explica pela flexibilidade
e plasticidade das conexões neuronais, que permitem as mais diversas
adaptações, deixando em segundo plano as determinações biológicas e
sobrepujando o poder das influências do meio.
3. ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO NO
CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA.
Historicamente,
os alunos com altas habilidades/superdotação não encontraram obstáculos no
acesso à escola comum - ingresso e matrícula. Mas por outro lado, muitos deles
passavam despercebidos na escola comum.
Os
alunos com altas habilidades/superdotação são aqueles que demonstram potencial
elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas:
intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes; também apresentam
elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de
tarefas em áreas de seu interesse (MEC, 2008).
A
concepção atual sobre os processos de identificação de alunos com altas
habilidades/superdotação rompe com esse paradigma tradicional, que enfatizava
somente a hereditariedade da inteligência e considerava o desenvolvimento de
habilidades e comportamentos a partir de uma visão estanque e linear.
A
partir dos pressupostos teóricos de Piaget (1956), o conhecimento é fruto de um
processo de interação do indivíduo com o meio e a inteligência é a resposta
orgânica do indivíduo às solicitações e desafios desse meio.
Aeducação
inclusiva defende o direito de todos os alunos à escolarização, questiona as
práticas pedagógicas homogêneas, investindo em uma pedagogia que reconhece as
diferenças.
CARACTERÍSTICAS DE
CRIANÇAS SUPERDOTADAS
*
fala precoce, com vocabulário semelhante ao de um adulto e questões ou
observações excepcionalmente perspicazes ou astutas.
*
Memória excelente;
* Habilidade especial
para desenho ou outro trabalho artístico;
* Habilidade de se
concentrar numa atividade por longos períodos de tempo.
4. ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO E O
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
A
organização de sistemas educacionais inclusivos demanda a interrelação de ações
entre a educação comum e a educação especial. O processo de identificação de
alunos com altas habilidades/superdotação, realizado em sala de aula comum e
apoiado pelo atendimento educacional especializado – AEE.
Promover
debate sobre as concepções de altas habilidades/superdotação entre os
professores e a comunidade escolar. Para que seja desenvolvida uma educação
inclusiva, pois estes alunos despertam diversas áreas.
A
AEE tem a função de complementar e suplementar a escolarização. Possibilita que
os alunos com altas habilidades/superdotação tenham atividades de
enriquecimento curricular na sala de aula comum e na sala de recursos
multifuncionais.
A
organização curricular, o planejamento, a avaliação e as práticas educacionais
se transformam quando o ensino promove situações de aprendizagem onde todas as
possibilidades de respostas dos alunos são acolhidas, interpretadas e
valorizadas.
a
organização curricular re quer um reconhecimento das diferenças, ou seja requer
o conhecimento das diferenças, pois o
currículo é um caminho onde os alunos percorrem em seu processo de escolarização,
além dos conteúdos programáticos em cada nível ou etapa de ensino.
o
planejamento atende a características transdiciplinares, globais e de
articulação entre a sala de aula comum e a sala de recursos multifuncionais, de
acordo com o contexto em que as estratégias de ensino são promovidos.
A
avaliação é outro aspecto essencial para o reconhecimento das diferenças na
escola. Mais pode se estabelecer obstáculos, pois os sujeitos da avaliação são
somente os alunos, o objetivo da avaliação as aprendizagem realizadas por eles;
ela pode ser dividida em três momentos, quando nos referimos à educação
inclusiva; o primeiro busca verificar conhecimentos prévios dos alunos sobre o
conteúdo a ser trabalhado pedagogicamente, o segundo se relaciona ao processo
de aprendizagem, ao acompanhamento dos temas estudados; o terceiro diz respeito
ao que os alunos aprenderam em relação a proposta e as novas relações
estabelecidas.
Os
projetos e trabalhos realizados nestes centros de ensino são a base para
identificar os alunos com altas habilidades/superdotação, pois todo esse
trabalho foi realizado para despertar o “gênio” que existe nessas pessoas. E a
AEE tem colaboração muito grande, juntamente com os professores de sala comum.
Em
diferentes etapas e em virtudes do interesse e habilidades dos alunos com altas
habilidades/superdotação, os objetivos do atendimento educacional
especializados-AEE definem-se por:
*
Maximizar a participação do aluno na classe comum do ensino regular,
beneficiando-se da interação no contexto escolar;
*
Potencializar a(s) habilidade(s) demonstrada(s) pelo aluno, por meio do
enriquecimento curricular previsto no plano de atendimento individual;
* Expandir o acesso do aluno a recursos de
tecnologia, materiais pedagógicos e bibliográficos de sua área de interesse;
*
Promover a participação do aluno em atividades voltadas à prática da pesquisa e
desenvolvimento de produtos; e
*
Estimular a proposição e o desenvolvimento de projetos de trabalho no âmbito da
escola, com temáticas diversificadas, como artes, esporte, ciências e outras.
INTRODUÇÃO.................................................................................................................2
SUPERDOTAÇÃO...........................................................................................................3
A CONTRIBUIÇÃO DE JEAN
PIAGET PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM ALTAS
HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO......................................................4
ALUNOS COM ALTAS
HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA.............................................................................................7
ARTICULAÇÃO ENTRE
ENSINO E O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO...........................................................................................................8
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Ser professor é ter o nobre ofício de exercer a arte de ensinar.