Projeto Dança-Escola
Dialogando
com o corpo, a arte e a educação
Projeto e concepção
Profª--------------
"Quanto mais me capacito
como profissional,
quanto mais sistematizo
minhas experiências,
quanto mais me utilizo do
patrimônio cultural,
que é patrimônio de todos e
ao qual todos devem servir,
mais aumenta minha
responsabilidade com os homens"
"A cultura consiste em criar
e não em repetir"
"Existir humanamente é
pronunciar
O mundo, é modificá-lo"
a importância dessa ação de
cidadania e ética."
PROJETO
DANÇA-ESCOLA
Dialogando com o corpo, a arte e a educação
Projeto Dança Portuguesa
Supremacia
PROJETO E
CONCEPÇÃO
Josemar Nascimento, Jones Presley
COORDENAÇÃO
GERAL
Josemar Nascimento, Jones Presley
PROJETO
·
Capacitação de novos dançarinos de dança portuguesa
·
Espetáculos interativos de dança
portuguesa
PÚBLICO
Todos
os jovens, crianças e adolescentes do município de V. Grande, que tenham
interesse em participar da dança portuguesa
PROJETO DANÇA-ESCOLA
Dialogando com o corpo, a arte e a educação
SUMÁRIO
· Sinopse
· Histórico
· Justificativa
· Objetivos
· Conteúdos
· Metodologia
de Trabalho
· Linhas de
Trabalho
· Bibliografia
· Anexos
SINOPSE
DANÇA-ESCOLA é um projeto que vem sendo realizado desde 1995 com
exclusividade pela Profa. Dra. Isabel Marques com base em sua pesquisa de
doutorado. Para além das técnicas codificadas, dos repertórios repetitivos e do
laissez-faire da dança, este projeto propõe-se a tecer as múltiplas redes que
existem no mundo contemporâneo entre arte, educação e sociedade. Enfatiza a
necessidade de reconhecimento e valorização da dança em situação como
conhecimento, percepção e processo criativo.
Desde 2009, este projeto vem sendo realizado pela Associação
Vargengrandense, em parceria com as redes públicas e particulares de trabalho
complementares (palestra dialogada de 02 horas). Este projeto pode ainda ser
complementado com Espetáculos Interativos de dança contemporânea, apresentado
pela Companhia de Dança Supremacia e acompanhados por uma coordenação.
Nos últimos cinco anos, mais de 1200 professores já participaram deste
projeto em 15 cidades do Brasil em diferentes estados, no Canadá e em Portugal,
através de cursos, espetáculos de dança e palestras, tendo beneficiado
indiretamente cerca de 30.0 alunos.
O projeto início em 2009, fruto da necessidade de uma maior integração
entre alguns amigos que buscavam viabilizar um intercâmbio de conhecimentos
práticos e teóricos na área de dança portuguesa.
Através dessas iniciativas, o projeto vem, nos últimos cinco anos,
atendendo a uma população absolutamente carente de conhecimento na área de
dança. O preparo dos profissionais, de suma importância, complementa a ação
educacional e tenta garantir aos alunos da rede pública condições de
apropriação e construção de conhecimento em dança não presente em outros
ambientes que freqüenta.
JUSTIFICATIVA
Felizmente, desde que o filósofo Roger Garaudy (1979) pessimistamente
declarou ser a dança o “primo pobre da educação”, o parentesco desta linguagem
artística com as demais.
Ainda assim, como em várias partes do mundo, persistem no Brasil alguns
“desentendimentos” sobre o campo de conhecimento da dança que já foram, vamos
dizer, “resolvidos”, a dança seria ensinada? Arte? Educação Física? Será que
estaria na hora de pensarmos uma disciplina exclusivamente dedicada à dança? Ou
ainda, será que deveríamos deixar o ensino de dança à informalidade das ruas,
dos trios elétricos, dos programas de auditório, dos terreiros, da sociedade em
geral?
Mas o que é afinal a dança? Área de conhecimento? Recurso educacional?
Exercício físico? Terapia? Catarse? E... quem estaria habilitado a ensinar
dança? O bacharel em dança? Enfim, que nome daríamos à “dança da escola”?
Expressão Corporal? Dança Educativa? ou tantos outros que escutamos por aí?
É nesta perspectiva da diversidade e da multiplicidade de propostas e
ações que caracterizam o mundo contemporâneo que seria interessante lançarmos
um olhar mais crítico sobre a dança. A transmissão de conhecimento hoje, como
sabemos, não se restringe mais às quatro paredes da escola. Ao contrário,
muitas vezes estão correndo atrás das
informações mais recentes e de fácil, rápido e direto acesso pela redes de
comunicação como a internet.
Neste mar de possibilidades característico da época em que estamos
vivendo, talvez seja este o momento mais propício para também refletirmos
criticamente sobre a função e o papel da dança na © Isabel A. Marques, 1995.
Atentos ao fato de que a escola deve dialogar com a sociedade em transformação,
ela é um lugar privilegiado para que o ensino de dança se processe com
qualidade, compromisso e responsabilidade. Acima de tudo, a escola pode
garantir continuidade, aprofundamento e relações com as outras áreas do
currículo.
Poderíamos hoje pensar em uma proposta que integrasse e valorizasse
igualmente estas duas culturas de modo a viabilizar uma maior comunicação,
interação e diálogo entre “novo” e “velho”, áudio-visual e livro, o sensível e
a razão, alunos e professores, jovens e adultos, cidadãos e sociedade. Com
isto, estaremos engajados em um processo que realmente valoriza a pluralidade
cultural, a diferença e o conhecimento que se realiza através do diálogo
contínuo entre corpo, mente, sociedade.
Nesta perspectiva, a importância do ensino de dança é ainda maior. As
relações que se processam entre corpo, dança e sociedade são fundamentais para
a compreensão e eventual transformação da realidade social. A dança, enquanto
arte, tem o potencial de trabalhar a capacidade de criação, imaginação,
sensação e percepção, integrando o conhecimento corporal ao intelectual.
Desde a década de 80 discute-se a necessidade de ampliar o conhecimento
em Arte, ou seja, Arte na escola não é mais sinônimo somente de fazer, mas
também de apreciar e contextualizar (Barbosa, 1981). No âmbito da dança, isto
significa que não basta dançar o carnaval, o pagode, o axé, a dança de rua, mas
sim conhecer seus processos históricos, coreográficos, estéticos e sociais. Na
verdade, é este o grande papel da escola: integrar o conhecimento do fazer
dança ao pensá-la criticamente na vida em sociedade.
E portanto em sociedade, necessita hoje, mais do que nunca, de atores
competentes, críticos e conscientes de seu papel no que se refere a dialogar e
oferecer a jovens, crianças e adolescentes, que de outra forma não teriam estas
oportunidades, propostas de dança que efetivamente contribuam para construção
da cidadania.
OBJETIVO GERAL
Formar e dar continuidade a dança portuguesa Supremacia Portuguesa para
as novas gerações de modo a:
·
Contribuir de maneira significativa para a
entrada definitiva da dança município;
·
Trabalhar na teoria e na prática propostas para a
dança que integrem o fazer, a apreciação e a contextualização artísticas;
·
Discutir criticamente propostas para a dança
contidas em documentos nacionais (Parâmetros Curriculares Nacionais,
Referenciais de Ensino), estaduais e municipais;
CONTEÚDOS
GERAIS
·
Princípios do movimento respiração, equilíbrio,
apoios, dinâmica postural;
·
Elementos do movimento o quê, como, onde e com
que nos movemos;
·
Processos
da dança improvisação, composição coreográfica, repertórios;
·
Dimensões sócio-histórico-culturais da dança e
aspectos estéticos história, estudos étnicos, música, crítica e estética;
·
Relações
entre o ensino de dança na sociedade contemporânea conceitos de tempo, espaço,
corpo e novas tecnologias.
METODOLOGIA
DE TRABALHO
·
Vivências artísticas e exercícios de dança;
·
Apreciação de dança ao vivo e em vídeo;
·
Discussões e problematização sobre o vivido e
apreciado;
BIBLIOGRAFIA DE APOIO
BABIN, P. e
Kouloumdjian, M.F. Os novos modos de compreender. São Paulo, Paulinas, 1989.
BARBOSA, A. M. A
imagem no ensino da arte. São Paulo, Perspectiva, 1991.
BARBOSA , A. M.
Tópicos Utópicos. Belo Horizonte, C/Arte,1998.
BARBOSA , A. M.
(Org.). Arte-educação: Leitura no subsolo. São Paulo, Cortez, 1997. FREIRE, P.
Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1989.
FUSARI, M. F. e
Ferraz, M. H. (1993). Arte na educação escolar. São Paulo: Cortez. MARCONDES
FILHO, C. (1988). Televisão: a vida pelo vídeo. São Paulo: Editora Moderna.
MARQUES, I. Ensino de Dança Hoje: textos e
contextos. São Paulo, Cortez, 1999. MARQUES, I. Parâmetros Curriculares
Nacionais e a Dança: Trabalhando com os Temas Transversais. Revista Ensino de
Arte., no.2, ano I, 1-21, 1998.
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Ser professor é ter o nobre ofício de exercer a arte de ensinar.