Eixos estruturantes e
objetivos dos Direitos de Aprendizagem para Aprendizagem Matemática na
perspectiva do letramento.
Alguns pressupostos que orientaram a escrita
dos cadernos de formação, de um modo geral, foram adaptados do documento orientador
inicial dos “Direitos de Aprendizagem”
I.
O
aluno pode utilizar caminhos próprios na construção do
conhecimento matemático.
No ciclo de Alfabetização, a criança pode experimentar situações em que
é solicitada, por exemplo, a classificar, a comparar, a medir, a quantificar e
a prever.
II.
O
aluno precisa reconhecer e estabelecer relações entre regularidades em diversas
situações.
As crianças precisam estar sempre em
ação na sala de aula: controlar objetos: construir e desconstruir sequências:
desenhar, medir, comprar, classificar e modificar algo estabelecido por regras.
III.
O
aluno tem necessidade de perceber a importância das idéias matemáticas como forma de
comunicação.
A linguagem matemática também tem um
aspecto, cuja aprendizagem se inicia com as práticas de argumentação, de
defesas e de ações.
IV.
O
aluno precisa desenvolver seu espírito investigativo, crítico e criativo, no
contexto de situações – problema, produzido registros próprios e buscando
diferentes estratégias de solução.
É
importante que a criança perceba que a tentativa e o erro fazem parte do seu
cotidiano e na construção do conhecimento.
V.
O
aluno precisa fazer uso do cálculo mental, exato, apropriado e de estimativas,
utilizando as Tecnologias da Informação e Comunicação em diferentes situações.
O cálculo mental é importante mais, as
Tecnologias também se mostram muito importante para que sejam instituídas na
prática.
Números
e Operações
Neste eixo estão
listados os objetos relativos aos números, desde a contagem “um a um” até a
construção do Sistema de Numeração Decimal e seu uso nas operações, que têm como
finalidade a resolução de problemas possibilitando à criança:
·
Estabelecer relações de semelhanças e ordem;
·
Identificar números em diferentes funções;
·
Quantificar elementos utilizando estratégias;
·
Compartilhar, confrontar aprimorar os seus
registros;
·
Ler e escrever números.
Pensamento
Algébrico
Este
eixo destaca-se como objetivo geral “compreender padrões e relações, a partir
de diferentes contextos” possibilitando á criança:
·
Estabelecer critérios para agrupar,
classificar e ordenar objetos;
·
Reconhecer padrões de uma sequência;
·
Produzir padrões e faixas decorativas.
Geometria
O eixo Espaço e Forma e é dividido em dois grandes
objetivos: o primeiro é
relativo
a localização e movimentação e o segundo trata das formas geométrica.
Grandezas e Medidas
Este
eixo trata do desenvolvimento do ato de medir considerando a diferentes
grandezas. Quando nos referimos a medidas, não estamos objetivando que a
criança, desde cedo, sistematize o uso de unidades padronizadas, como o metro,
o litro etc.
Educação Estatística
O eixo tratamento da
informação que, nesse conjunto de cadernos, optamos por denominar Educação
Estatística, trata de ajuda o aluno a “reconhecer e produzir informações, em
diversas situações e diferentes configurações.
O Papel do brincar e do jogar na Alfabetização Matemática
No brincar podemos
encontrar tanta a aplicação do conhecimento escolar quanto do conhecimento
espontâneo, dois tipos de conhecimentos considerados como participantes da
cultura infantil.
As atividades lúdicas permitem a geração
de realidades diferenciadas, algumas delas presentes também em outros contextos
fora da escola.
Jogar revela-se,
pois, como espaço de construção da inteligência, respeitando o sistema de
regras imposto, o jogador se tornará capaz de dar respostas inusitadas e
inesperadas por aqueles com quem partilha a atividade.
O jogo visto como atividade de geração,
proposição, resolução e validação de problemas
Nosso
objetivo inicial é pesquisar o conceito de jogo no contexto da análise de
requisitos didáticos no desenvolvimento de jogos voltado para a aprendizagem
matemática.
v As regras: não
são rígidas e podem ser descritas de
forma tanto
explícitas quanto ficarem
implícitas ao longo da atividade.
v Os jogadores: são os
sujeitos que participam da atividade. Eles
não necessariamente uma
ligação direta com o material concreto.
v Tomadas
de decisão por meio de mobilização de concretos, propriedades, julgamento.
v A situação: é constituída por situações-problema,
que requerem
tomadas de decisão por meio
de mobilização de conceitos, propriedades,
julgamentos etc.
v A escola:
quando ao resultado faz com que o sujeito continue a participar da atividade,
porque não está seguro quanto ao seu resultado.
Consideramos
o jogo como um espaço legítimo de criação e de resolução de problemas
matemáticos.
O professor como elaborador e propositor de jogos para favorecer
aprendizagens matemáticas
A atividade que a
criança realiza no contexto do jogo é o fundamento de suas aprendizagens, de
seu desenvolvimento, e não apenas o que foi concebido e indicado pelo educador.
O jogo é atividade sempre reelaborada e ressignificada pela criança no processo
de sua assimilação da atividade lúdica proposta no contexto educativo. O jogo
não é “propriedade” do adulto, mas da criança que está efetiva e integralmente
em ação cognitiva e emocional.
Há muitas possibilidades de inserção do jogo na escola
para favorecer aprendizagens matemáticas
Os estudos sobre as relações entre jogos e
aprendizagens Matemática têm apontado para o grande potencial educativo das
atividades lúdicas, quando as crianças podem agir de maneira mais autônoma e
confrontar diferentes representações acerca do conhecimento matemática. Esses
estudos apontam para a complexidade entre a atividade de um controle pelo
educador que deseja garantir certas aprendizagens ao longo do desenvolvimento
da atividade lúdica.
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Ser professor é ter o nobre ofício de exercer a arte de ensinar.